sábado, 13 de junho de 2009

O professor entrou na sala de aula com café e água, sentou-se e conversou um pouco sobre alguma coisa que poucos prestaram atenção. Um ou dois trocaram algumas palavras com ele. Os outros ou olhavam para ele ou conversavam com os colegas de classe.
Então, o professor parou de discutir o assunto e cobrou a atividade que foi passada a quinze dias e poucas pessoas fizeram. Eu fiquei olhando para ele e comecei a imaginar as milhões de narrativas que já escrevi. Ao olhar uma das colegas de classe lembrei de uma escrita quando eu tinha 17 anos, que contava a história de uma garota que se apaixonou por outra garota que encontrou quando voltava para casa.
Por mais que me esforçasse para lembrar da narrativa, apenas alguns fragmentos apareciam na minha cabeça. O professor me olhou e perguntou pela atividade. Lembrei do meu blog e disse que as narrativas não estavam no papel. Ele não se importou por isso ou, talvez, só não demonstrou.
O professor disse que daria dez minutos para que fizéssemos essa atividade. E cada um escreveu e começou a falar sobre o que tinha escrito. E eu? Sobre o que eu escrevi? Sobre nada. Eu não tinha nenhuma narrativa para entregar.
O professor recomeçou a falar. Explicava sobre a proposta de como trabalhar as narrativas. E enquanto, eu ainda pensava na minha narrativa, fizemos um minuto de silêncio pela cigarra morta no dilúvio que passou.
E por toda a aula foi assim. O professor discutindo sobre a proposta e eu pensando na narrativa. Provavelmente, irei escrevê-la em casa e enviar por e-mail ao professor.
Será?!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Socorro*

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...
Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...
Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...
Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro!
Eu já não sinto nada...
Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorarNem de rir...
Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...
Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...

*Arnaldo Antunes

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia branco*

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo.

* Geraldo Azevedo

Uma conversa comigo mesma e com você

Engraçado como às vezes encontro pessoas parecidas comigo! Sol e eu temos a melancolia em comum. Lipo e eu temos gostos em comum. Você e eu temos muitas coisas em comum...
Eu passei toda a minha vida fugindo de pessoas parecidas comigo. Essas pessoas são chatas, sem sal, sem cor, sem vontade de viver... Tudo o que eu sou e que de alguma forma tento mudar!
Como já falei em alguma outra folha daqui: eu sou apenas uma leoa apaixonada, doente e masoquista! Desta definição eu só tentei mudar o leoa apaixonada... Mudar o chata, o sem sal, o sem vontade de viver é possível! Difícil, mas é possível! Já mudar o leoa apaixonada... A paixão é algo que está dentro de mim, que vive em mim, que me compõe... Eu fui feita de uma mistura de pecado e paixão! Parte de mim é pecado! Parte de mim é paixão!
Voltando ao que eu falava antes... A diferença entre nós, é que eu resolvi mudar alguma coisa e ser uma pessoa melhor, me sentir uma pessoa melhor!
E, para finalizar, deixo o meu verso simples, mas feito do coração de uma leoa apaixonada, doente e masoquista:
Sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas gosto muito de você. Sobre o que você falou de ser difícil amar você, das pessoas se afastarem de você, você que é responsável por isso. Por muito tempo eu também achei que ninguém me amava e que eu não tinha o direito de ser amada. Só que eu "aprendi" a manter determinadas pessoas perto de mim e que todos podem ser amados basta querer e deixar. Apesar de muitas vezes precisamos ficar sozinhos (estar sozinhos em determinadas situações nos fazem pessoas mais amadurecidas, compreensivas talvez), estar sempre sozinho é muito ruim, triste. Não conseguimos viver sempre assim. Chega a hora que acabamos desistindo! E desistir da vida é... Apesar de ser essa a sua natureza, você deveria se dar a oportunidade de deixar ser amado e de amar também.

;;

Template by:
Free Blog Templates